domingo, 27 de junho de 2010

Fauna

As relíquias das Berlengas

Dependendo as aves marinhas do sustento que o mar lhes fornece, facilmente se compreende a importância deste arquipélago. No mar buscam o alimento e na ilha encontram o refúgio ideal para a reprodução. Algumas aves surgem ocasionalmente na ilha, utilizando-a como escala nas suas migrações, outras apresentam populações nidificantes estáveis.












A Pardela-de-Bico-Amarelo
(Calonectris diomedea )

















Corvo-Marinho-de-Crista ou “galheta”
(Phalacrocorax aristotelis)


























Airo (Uria aalge)












Nidificam ainda na ilha:









A gaivota-de-asas-escuras
( Larus fuscus )























E a gaivota-de-patas-amarelas
(Larus cachinnans)



As Grutas

Esculturas à parte, o melhor para conhecer são as grutas. Por debaixo da fortaleza, a gruta azul, que devido à orientação dos raios solares, reflecte a luz no fundo.






Mais adiante, o Furado Grande, a gruta mais impressionante da Berlenga. Atravessa a ilha de um lado ao outro num túnel natural de 70 metros de comprimento por mais de 20 de altura. Custa acreditar que é obra da natureza, mas é. Uma vez transposta a enorme cavidade chega-se a uma enseada onde está a Cova do Sonho e o Furado Pequeno, onde o barco não entra. Só a pé, quando a maré está baixa ou de cayak. (uma caverna única, onde há 300 anos marinheiros, soldados e piratas procuraram abrigo)







As Rochas

Existem detalhes únicos, como rochas enormes com formas de animais. A rocha da baleia é uma delas, mesmo ao lado da Fortaleza São João Baptista. Vista de lado, parece um autêntico cachalote. Mais a sul, a tromba de elefante. E por aí for a, com a ajuda da imaginação.




Cabeça de Elefante




Cachalote

sábado, 26 de junho de 2010

Fortaleza das Berlengas






O Forte de São João Baptista das Berlengas, ou simplesmente Fortaleza das Berlengas, localiza-se na ilha de Berlenga Grande, no arquipélago das Berlengas.



O forte seiscentista;

No contexto da Guerra da Restauração, sob o governo de D. João IV (1640-1656), o Conselho de Guerra determinou a demolição das ruínas do mosteiro abandonado e a utilização de suas pedras na construção de uma fortificação para a defesa daquele ponto estratégico do litoral.


Embora se ignore a data em que as obras foram iniciadas, já em 1655, quando ainda em construção, resistiu com sucesso ao seu primeiro assalto, ao ser bombardeada por três embarcações de bandeira turca.


Ao tempo da Guerra Peninsular foi utilizada, como base de apoio pelas forças inglesas, numa campanha de guerrilha na qual colaborou activamente a população de Peniche.


Posteriormente, sofreu obras de restauração, com a reedificação da Capela no seu interior.




Durante a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), a fortaleza encontrava-se em mãos dos partidários de Miguel I de Portugal (1828-1834).


Com deficiência de artilharia, entretanto, não resistiram diante do assalto dos liberais que a utilizaram como base para o assalto à cidadela de Peniche, reduto dos miguelistas.

Sem maior valor militar, diante da evolução dos meios bélicos no século XIX, foi desartilhada (1847) e abandonada passando a ser utilizada como base de apoio para a pesca comercial.




Do século XX aos nossos dias


Em meados do século XX foi parcialmente restaurada e aberta ao turismo adaptada como pousada. Actualmente funciona apenas como casa abrigo, sob a gestão da Associação dos Amigos das Berlengas.







Características

O forte possui uma planta no formato de um polígono heptagonal irregular (orgânica). No terrapleno, pelo lado voltado para a ilha, apresenta a edificação principal com dois pavimentos, com doze compartimentos onde funcionavam as dependências de serviço (Casa do Comando, Quartéis de Tropas, Armazéns, Cozinha e outros) e mais oito compartimentos inscritos no interior das muralhas. Um corredor sem iluminação dá acesso internamente aos vários pontos da estrutura. Voltadas para o mar rasgam-se onze canhoneiras




Farol da Berlenga







Construído em 1841, o Farol baptizado de "Duque de Bragança" é, sem duvida, de uma presença indispensável na ilha e, tal como qualquer outro farol, tem como função avisar os possíveis barcos que se encontrem naquela zona, de que ali existe terra, mais propriamente 3 ilhas, as Berlengas.


Com cerca de 29m de altura, num dia de boas condições atmosféricas a sua luz é visível numa área até cerca de 50 km.






O Farol inicialmente trabalhava a petróleo mas agora é activado por células fotoeléctricas e utiliza a energia acumulada durante o dia através de vários painéis solares que se encontram junto à sua base ou, em ultimo recurso, de um gerador guardado numa das suas divisões.




O aparelho óptico foi substituído por um sistema de 48 lâmpadas e um novo sinal sonoro substitui também as velhas trompas que avisavam os navios nos dias de nevoeiro.

No Farol estão sempre 2 faroleiros 24h por dia, 365 dias por ano, com turnos semanais.



São várias as histórias de naufrágios testemunhadas pelos navios naufragados que se encontram no fundo do mar.





Para alcançar o farol terá de subir 265 degraus.

Patrimonio Edificado



Para além de todos estes pormenores, na ilha existe ainda um bairro dos pescadores numa das suas encostas, que possui apenas 3 ruas e meia dúzia de casas, um espaço para acampar, alguns restaurantes para uma refeição mais cómoda, um farol que parece guardar toda a ilha e ainda o forte com capacidade para aceitar reservas de quartos.


Bairro dos pescadores:




Espaço para acampar:


Restaurante Mar&Sol:



Farol:



Forte:



quarta-feira, 16 de junho de 2010

As praias da ilha


Uma das principais atracções da ilha são as suas magníficas praias, onde se pode desfrutar de algumas horas de sol durante o verão ou até tomar banho nas suas pacíficas e límpidas águas em tons de verde transparente.



Apesar da ilha das Berlengas possuir várias "praias", apenas uma possa ser considerada como tal.



Uma das "praias" fica situada na parte de trás da ilha principal, apenas acessível, se o for permitido, de barco e raramente tem areia. Ideal apenas para fazer uma visita, não incluída no trajecto da visita guiada mais comum.





Outras das "praias" fica situada perto do Forte, esta, como se pode ver, já tem areia e pode ser alcançada a pé ou a nada do porto dos barcos que costumam fazer visita guiada a praticamente a toda a parte da frente da ilha.







Também do outro lado, mesmo sem praia, se pode tomar banho junto com crianças por exemplo, de preferência pela maré baixa.






Outra das "praias" chama-se (de entre vários nomes) a Cova do Sonho, onde segundo se consta, já se realizou um casamento. Situada perto do Sul da ilha, é também um local de difícil acesso, apenas visível por quem fizer uma visita guiada (por mar) ou seguir os trilhos (por terra).






A praia principal, a pequena praia do Carreiro do Mosteiro, é a única praia onde normalmente se encontram pessoas e onde se pode desfrutar e repousar um pouco, depois de uma caminhada pelos trilhos da ilha por exemplo.





Esta praia é, como facilmente se pode perceber, o ponto principal de toda a ilha e arredores, uma vez que serve de ponto de partida e chegada para os barcos de passageiros e para a maioria dos outros barcos.